Como sempre dizem: “os mitos são arquétipos humanos”, ou seja, construções simbólicas na qual nos identificamos; sobre ele projetamos nossas angústias, desejos e frustrações. Greta Garbo viveu basicamente disso.
Fruto da criação dos produtores, que abusaram em dar personagens românticos e, quase sempre, de heroínas. Seus filmes eram devidamente pensados para o público: apologia ao amor, recriação de histórias de época, finais trágicos, etc. Fez tantos personagens nesse estilo que chegaram a dizer que ela não interpretava, na verdade era um autêntico personagem de séculos passados.
Considerada também a atriz da melancolia por excelência, até mesmo seus sorrisos transmitiam uma sensação temerosa, como se transparecesse uma dor enraizada. Em seus filmes quase sempre morria, ou ao final tinha que ter um grande sacrifício. Como se ninguém acreditasse em uma relação correspondida.
Rainha Christina talvez seja o grande representante desse estilo característicos dos seus filmes, porém nele se pode agraciar-se com uma das interpretações mais poéticas da história do cinema que – como toda verdadeira poesia – pode sentir-se, mas não explicar. Nos momentos de silêncio do filme, a atriz revela a alma desse personagem sensível e solitário que encobre sua ânsia de amar com uma dignidade de princesa, resplandecendo-se no largo e último plano (primeiro-plano) do filme.
Em outro filme, como Anna Karenina, Garbo demonstra que pertence a uma categoria de atores e atrizes -como Bogart, as Hepburn’s, Bette Davis - onde eles podem ser o filme. Sua capacidade emotiva flui profundamente em todo o filme, dando o tom em cada gesto, movimento, atitude sua – quando ela está feliz o filme ganha em vida, cor, claridade. Quando ela está triste, o filme se torna sombrio. Sempre soube utilizar com maestria seu rosto, vinda do cinema mudo, naturalmente exercia essa ferramenta interpretativa com maior comodidade que os novos atores do cinema sonoro, mas poucos conseguiram utilizar tão bem, sem exagero e com grande sentido espacial e sensitivo. Era capaz de expressar grande erotismo apenas utilizando o rosto, erotismo esse mais terno - no sentido do amar -, que sensual como se pode notar em Anna Karenina.
Mas talvez a grande sacada de Greta Garbo tenha sido em sua retirada com apenas 36 anos. Ao começar a receber personagens bastantes estereotipados, que já não obtinham os mesmos êxitos como em anos passados. Ela compreende que se seguisse por esse caminho poderia cair no ridículo, aproveitando assim para eternizar seu “título” de mito e dar início, mesmo que de forma intencional, ao declínio do império hollywoodiano.
Fruto da criação dos produtores, que abusaram em dar personagens românticos e, quase sempre, de heroínas. Seus filmes eram devidamente pensados para o público: apologia ao amor, recriação de histórias de época, finais trágicos, etc. Fez tantos personagens nesse estilo que chegaram a dizer que ela não interpretava, na verdade era um autêntico personagem de séculos passados.
Considerada também a atriz da melancolia por excelência, até mesmo seus sorrisos transmitiam uma sensação temerosa, como se transparecesse uma dor enraizada. Em seus filmes quase sempre morria, ou ao final tinha que ter um grande sacrifício. Como se ninguém acreditasse em uma relação correspondida.
Rainha Christina talvez seja o grande representante desse estilo característicos dos seus filmes, porém nele se pode agraciar-se com uma das interpretações mais poéticas da história do cinema que – como toda verdadeira poesia – pode sentir-se, mas não explicar. Nos momentos de silêncio do filme, a atriz revela a alma desse personagem sensível e solitário que encobre sua ânsia de amar com uma dignidade de princesa, resplandecendo-se no largo e último plano (primeiro-plano) do filme.
Em outro filme, como Anna Karenina, Garbo demonstra que pertence a uma categoria de atores e atrizes -como Bogart, as Hepburn’s, Bette Davis - onde eles podem ser o filme. Sua capacidade emotiva flui profundamente em todo o filme, dando o tom em cada gesto, movimento, atitude sua – quando ela está feliz o filme ganha em vida, cor, claridade. Quando ela está triste, o filme se torna sombrio. Sempre soube utilizar com maestria seu rosto, vinda do cinema mudo, naturalmente exercia essa ferramenta interpretativa com maior comodidade que os novos atores do cinema sonoro, mas poucos conseguiram utilizar tão bem, sem exagero e com grande sentido espacial e sensitivo. Era capaz de expressar grande erotismo apenas utilizando o rosto, erotismo esse mais terno - no sentido do amar -, que sensual como se pode notar em Anna Karenina.
Mas talvez a grande sacada de Greta Garbo tenha sido em sua retirada com apenas 36 anos. Ao começar a receber personagens bastantes estereotipados, que já não obtinham os mesmos êxitos como em anos passados. Ela compreende que se seguisse por esse caminho poderia cair no ridículo, aproveitando assim para eternizar seu “título” de mito e dar início, mesmo que de forma intencional, ao declínio do império hollywoodiano.
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