Quando um documentário inicia sua metragem com um rótulo que nos assegura que “todas as imagens do filme são verdadeiras” (como se pudesses existir falsas imagens), já sabemos o que podemos esperar: um trabalho praticamente desprovido de interesse.
Isso acontece quando um diretor não reflexiona sobre os limites existentes entre a ficção e a não-ficção, quando não tenta evitar o risco que representa a concepção dominante da imagem não-ficcional, concepção na qual uma imagem nada mais é que a fornecedora de dados objetivos e, garantidora da verdade.
Ao trabalhar com imagens de outras pessoas e ao ignorar ou não “temer” certa concepção, Erwin Leiser acabou fazendo uma obra superficial, onde o tema tratado em Minha Luta (Mein Kampf) parece apenas repetir o que todos já sabem.
Apesar de que a primeira parte do filme tem uma certa estruturação narrativa, de irregular resultado mas sugerente em seu conjunto, cujo protagonista seria Hitler e cujo relato daria conta de sua ascensão e de sua “politicagem de massas” para chegar ao poder, não demora em aparecer as velhas e repetidas imagens das guerras alemães, que apesar de uma boa parte ser um material notavelmente valioso, basicamente as imagens documentadas são cansativas, insípidas, mesmo que devidamente montadas.
Erwin Leiser finaliza Minha Luta coerentemente, com seus pouco rigorosos enfoques, fazendo uma panorâmica sobre as cruzes de numerosas tumbas, ao som de uma voz – sentenciosa - em off, afirmando: “isto não deve voltar a acontecer”, enfatizando assim o caráter humanista-abstrato tanto dos enfoques do filme em sua totalidade, como do seu próprio trabalho sobre os materiais fílmicos que utiliza.
Isso acontece quando um diretor não reflexiona sobre os limites existentes entre a ficção e a não-ficção, quando não tenta evitar o risco que representa a concepção dominante da imagem não-ficcional, concepção na qual uma imagem nada mais é que a fornecedora de dados objetivos e, garantidora da verdade.
Ao trabalhar com imagens de outras pessoas e ao ignorar ou não “temer” certa concepção, Erwin Leiser acabou fazendo uma obra superficial, onde o tema tratado em Minha Luta (Mein Kampf) parece apenas repetir o que todos já sabem.
Apesar de que a primeira parte do filme tem uma certa estruturação narrativa, de irregular resultado mas sugerente em seu conjunto, cujo protagonista seria Hitler e cujo relato daria conta de sua ascensão e de sua “politicagem de massas” para chegar ao poder, não demora em aparecer as velhas e repetidas imagens das guerras alemães, que apesar de uma boa parte ser um material notavelmente valioso, basicamente as imagens documentadas são cansativas, insípidas, mesmo que devidamente montadas.
Erwin Leiser finaliza Minha Luta coerentemente, com seus pouco rigorosos enfoques, fazendo uma panorâmica sobre as cruzes de numerosas tumbas, ao som de uma voz – sentenciosa - em off, afirmando: “isto não deve voltar a acontecer”, enfatizando assim o caráter humanista-abstrato tanto dos enfoques do filme em sua totalidade, como do seu próprio trabalho sobre os materiais fílmicos que utiliza.
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