 As sessões de cinema do Centro Cultural São Paulo(CCSP) têm a curiosa peculiaridade de fornecer sempre - pelo menos no meu caso - uma experiência de choque com as exibições silenciosas, calmas e respeitosas, normalmente vistas nos demais cinemas. Ao descer a escada que dá acesso à sala já me pergunto "o que será desta vez?" e, antes de adentrar este lugar controverso, preparo-me para uma experiência marcante, dentro e fora das telas.
As sessões de cinema do Centro Cultural São Paulo(CCSP) têm a curiosa peculiaridade de fornecer sempre - pelo menos no meu caso - uma experiência de choque com as exibições silenciosas, calmas e respeitosas, normalmente vistas nos demais cinemas. Ao descer a escada que dá acesso à sala já me pergunto "o que será desta vez?" e, antes de adentrar este lugar controverso, preparo-me para uma experiência marcante, dentro e fora das telas. Mas os narradores perdem a graça. As torturas aos irmãos Naves e os momentos de brutal violência são visto com animação por eles que lançam frases de apoio ao delegado torturador: "pega ele! Isso!" ou "Aí! Essa doeu!(risos)". Param os pedidos de silêncio, não sei se frente à estupefação geral dos modernos frente àquele cenário de rinha de galo implantado pelos mais emotivos ou porque já nessa altura ninguém esperava conseguir o tal silêncio. Estava no segundo caso e, frente à derrota, parti para assistir aos dois espetáculos e acompanhar os comentários - menos eruditos, mas muito interessantes - dos que insistiam num cinema narrado, meio futebolizado.
 por um silêncio meio engasgado ao passo que o filme desenvolvia melhor a via crucis dos irmãos Naves. Quem os calou foi o filme, colocando-os num dilema moral em relação a primeira reação sádica dos exaltados. O silêncio era provavelmente a digestão da trama, momento em que a tortura se consolida e fica mais clara a posição de vítimas dos irmãos.
 por um silêncio meio engasgado ao passo que o filme desenvolvia melhor a via crucis dos irmãos Naves. Quem os calou foi o filme, colocando-os num dilema moral em relação a primeira reação sádica dos exaltados. O silêncio era provavelmente a digestão da trama, momento em que a tortura se consolida e fica mais clara a posição de vítimas dos irmãos.
 
 
 
 
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